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Dia da Consciência Negra

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Neste 20 de Novembro, data em que se celebram o Dia da Consciência Negra e o Dia Nacional de Zumbi, a UFBA reafirma seu compromisso com a promoção da equidade e com o enfrentamento ao racismo. Esses princípios são inegociáveis para uma universidade pública e gratuita que, ao longo dos anos, vem implementando políticas institucionais voltadas ao acesso, à inclusão e à permanência de pessoas negras.

O perfil racial da comunidade acadêmica confirma o sucesso das ações afirmativas na universidade: atualmente, mais de 50% dos alunos são autodeclarados negros (pretos ou pardos). Entre o corpo de servidores técnicos e docentes, a maioria (57%) se autodeclaram negros, sendo 71,2% do corpo técnico-administrativos e 41,4% entre docentes.

Há mais de 20 anos, a UFBA foi uma das pioneiras e referência na implantação, expansão e permanência de cotas raciais na graduação, posteriormente ampliadas para outras instâncias da instituição. A Universidade adotou as políticas afirmativas no ingresso estudantil, respondendo a uma demanda histórica dos movimentos sociais pela democratização do acesso ao ensino superior público e pela reparação dirigida à população negra, antecipando, com variações, em sete anos a legislação nacional (12.711/2012).

Também na graduação, em 2017, a UFBA reforça seu compromisso com a inclusão por meio das vagas supranumerárias. Em 2018, a reserva de vagas para pessoas negras, indígenas, com deficiência e trans passou a integrar também os programas de mestrado e doutorado. 

Em relação aos concursos públicos, mais uma vez pioneira, a metodologia adotada na UFBA para os concursos docentes foi indicada pelo MPF como referência para outras instituições e antecipou o regramento na nova lei de cotas, estabelecendo a aplicação da reserva pelo total de vagas dos editais e não apenas por cada área de conhecimento.


A universidade também reconhece os saberes ancestrais por meio dos títulos de Notório Saber, valorizando lideranças quilombolas e representantes das religiões de matrizes africanas, que integraram o grupo dos 11 mestres e mestras homenageados neste mês de novembro. 

Ao celebrar conquistas, é fundamental lembrar que ainda há muito a construir. A UFBA seguirá comprometida com o enfrentamento às desigualdades e com a construção de uma sociedade verdadeiramente justa, honrando a memória dos que lutaram, e dos que seguem lutando, por uma sociedade menos desigual.

Inspirados neste 20 de novembro, a UFBA reforça seu compromisso institucional na luta por direitos e justiça social no Brasil. E, enquanto comunidade, que continuemos e sejamos resistência! Revisitando e reescrevendo histórias, redesenhando mundos.